segunda-feira, 30 de maio de 2011

O "Invalides" de Napoleão

O túmulo de Napoleão não é visto apenas de cima, há escadas de acesso para a cripta, no andar inferior, cuja entrada é guardada por duas estátuas douradas, a da esquerda representando seu poder real, como imperador, e a da direita simbolizando seu poder militar.



















Sobre a entrada da cripta está gravada a frase com o pedido que, supostamente, Napoleão fez quando preso na ilha de Santa Helena:


"Desejo que minhas cinzas repousem às margens do Sena, entre o povo francês a quem tanto amei."

Os símbolos da realeza e do poder de Napoleão estão também no piso da cripta, seja em forma da efígie que reafirma sua posição de imperador ou simplesmente com a coroa, que fala por si só.


Após passar pela porta, nos encontramos num espaço circular, cujas paredes são internamente decoradas com uma série de relevos. Todos eles, obviamente, referentes ao humilde ocupante do local.

Apesar de não haver qualquer indicação, esse deve referir-se ao traslado de seus restos mortais.
No centro da cripta, exatamente abaixo da abóbada central da igreja,  o esquife do General Bonaparte repousa desde 1861. São seis caixões colocados um dentro do outro, sendo um de folha de flandres, um de mogno, dois de chumbo, um de ébano e um de carvalho, sobre uma base de granito verde.


A seus pés fica o túmulo do "Rei de Roma", seu filho com a segunda mulher, Marie-Louise. E num dos nichos da parte interna da cripta, há uma estátua de Napoleão coroado como imperador, com o manto decorado com as flores de lis, a coroa na cabeça, o cetro e a orbe nas mãos.










Subindo de volta, surge à nossa frente o altar-mor da igreja, um monumento com todas as características da arte barroca.
 














As colunas são torneadas, dando ideia de movimento em função da predominância das formas curvas...

















... e os típicos anjinhos estão tanto no acabamento superior do altar, em torno do medalhão com as iniciais de São Luís,...


... quanto na base da balaustrada circular que envolve o altar.




















2 comentários:

  1. Gente! Seis caixões?

    Por que 6 e não 7?

    Se eles fossem de ouro ou algo semelhante, daria até para tentar associar com as próprias pretensões faraônicas (ou seria napoleônicas?).

    Bem... talvez essa quantidade tenha sido para se ter a certeza de que Napoleão "finalmente repousaria em paz". Será?

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  2. Em relação a Napoleão II (o Rei de Roma, filho de Napoleão Bonaparte), encontrei registros (confiáveis?) de que suas "cinzas, que repousavam na cripta imperial austríaca da igreja dos Capuchinos em Viena, foram devolvidas à França por Hitler, em 1940."

    Nossa! Que estranho!

    Pois é, nada como uma "estratégica gentileza pós-invasão". Lembrando: foi em maio/junho de 1940 que a Alemanha invadiu/dividiu a França (durante a II Guerra Mundial).

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