sábado, 2 de julho de 2011

Enfim, um legítimo francês!

Chegando ao hotel, resolvemos dar uma descansada básica antes de sairmos para o jantar, porque o cansaço era grande. A Natália avisou que não sairia conosco para o restaurante, fosse ele qual fosse, porque além de estar exausta, queria apreciar o que havia comprado no supermercado: bolachas, pãezinhos, chocolates e todas aquelas "bobagens" que quebram um galho quando não se quer sair pra comer.


A Rejane disse que iria comer com ela mas iria conosco, depois, ao restaurante, nem que fosse apenas pra tomar alguma coisa e jogar conversa fora.


Nesse dia eu havia conversado com a Anne, amiga do Vítor, pois ela estava encarregada de buscar a família da Nicole e o Vítor no aeroporto no dia seguinte, já que eles todos ficariam hospedados em sua casa. Em princípio nós achamos que seria uma boa encontrar-nos todos na sexta-feira para almoçarmos juntos, eles chegando a Paris e nós indo embora. Mas depois de conversar com Ivan, Natália, Rejane e Luís, chegamos à conclusão de que seria muito complicado - e arriscado. Caso o voo deles atrasasse, isso atrasaria o almoço e nos atrasaria para sermos pegos no hotel pela van da agência que nos levaria até o aeroporto para voltarmos ao Brasil. Portanto, liguei pra Anne novamente (e dessa vez consegui encontrá-la de primeira) e desmarquei o compromisso.


Tudo resolvido, nos encontramos no saguão do hotel e seguimos a pé para um restaurante próximo, com todo o jeito de bistrô francês mesmo: meia luz, mesas pequenas e bem próximas umas das outras e, o "melhor" da história, pra fechar a viagem com chave de ouro, o dono/gerente era também o típico francês, que faz cara feia quando se depara com turistas que não sabem muito bem falar a língua do país.

Sentamos, consultamos o cardápio, fizemos nossas escolhas e chamamos o indivíduo para fazermos o pedido. Eu comecei arriscando o francês "meia-boca" que já estava falando depois de quase uma semana em Paris e, pra facilitar, perguntei que língua ele falava. "Francês", respondeu o cretino, com aquele levantar de sobrancelhas pra indicar que eu era idiota por estar perguntando. Foi aí que o Ivan encheu o peito e lascou o pedido de tudo o que queríamos... em francês e levantando a sobrancelha!

Como era nossa última noite na cidade, levamos na boa e até comemoramos, pois até então, praticamente todo mundo tinha sido muito educado e prestativo, não havíamos ainda comprovado a falta de educação e o mau humor crônico dos franceses. Fora isso, a comida estava deliciosa e o ambiente era muito bom.

Aproveitamos para traçar os planos para o dia seguinte, pois teríamos que fazer o check-out do hotel até o meio-dia, mas a van da agência passaria pra nos pegar às 18h. O plano foi arrumar as malas e solicitar que fossem colocadas no guarda-volumes logo após o café da manhã. Sairíamos então para os últimos passeios - a Sacré-Coeur, Montmatre, Galeries Lafayette e o edifício da Ópera de Paris - e voltaríamos a tempo de fechar a conta, trocar a roupa que fosse necessária (que estaria na bagagem de mão) e pegar a van sem atrasos. 


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