sexta-feira, 22 de julho de 2011

Rumo à Sacré-Coeur

Conforme acertado no dia anterior, após o café da manhã fizemos o check-out no hotel, deixamos nossas malas no guarda-volumes e seguimos para o metrô rumo a Montmartre.

Por todas as vezes que havíamos avistado a Sacré-Coeur, já sabíamos que ela ficava no alto da única colina que há em Paris, que é uma cidade bastante plana. Só que como pretendíamos subir ao domo da igreja para apreciar a vista, subir o morro para chegar até ela estava fora dos nossos planos, por mais que nos doesse o coração não poder fazer um passeio longo e descompromissado seguindo as pegadas de Amélie Poulain. Porém, antes esse tipo de dor no coração do que dor nas pernas...

A opção, portanto, foi tomar o metrô até a estação Anvers e de lá caminhar até o funicular. Como sempre saíamos cedo, as lojas no entorno estavam fechadas, o que não nos impediu de admirar uma loja apenas de doces: biscoitos, balas, bombons... a própria fornecedora da bruxa da história de João e Maria!



Continuamos caminhando e chegamos ao funicular, que é pago com o mesmo passe que é utilizado no metrô. A cabine sobe, pelo plano inclinado, até o alto da colina onde fica a igreja.
Montmartre é "monte dos mártires" e o local recebeu esse nome por ter sido o local do martírio de Saint Denis, o primeiro bispo de Paris, que teve a cabeça cortada pelos pagãos que não aceitavam o cristianismo no século III.








Adoramos a subida, principalmente porque precisávamos economizar as pernas.

















Apesar do acrílico das janelas da cabine estar bastante riscado, já dava pra ter uma ideia da vista que teríamos mais acima.


Saindo do funicular, o acesso à igreja é feito por uma escadaria bastante larga que tanto pode funcionar como local pra se posar pra fotos...


















... como local de onde Paris pede para ser fotografada.















No local onde está instalada a Sacré-Coeur, existia um mosteiro beneditino que foi destruído no período da Revolução Francesa, quando todos os religiosos que a ocupavam foram guilhotinhados. Porém, o local continuou a ser considerado sagrado, inclusive por ter sido visitado por várias figuras santas, como Saint Germain, Santa Clotilde (a esposa de Clóvis, o unificador dos francos), São Bernardo, Santa Joana D'Arc e São Vicente de Paula e por ter sido o local onde Santo Ignácio de Loyola e São Francisco Xavier fundaram a Companhia de Jesus em 1534.  
  
A construção atual diferencia-se das demais igrejas de Paris por dois motivos: o fato de ser dedicada ao Sagrado Coração, em oposição aos vários templos erguidos em homenagem à Virgem Maria, e por seu estilo romano-bizantino, que se destaca entre as construções góticas que predominam na cidade.

Construída em mármore travertino vinda da região de Seine-et-Marne, na própria França, a igreja mantém-se branca pelo fato dessa pedra exsudar cálcio constantemente, o que a protege da deterioração causada pelas chuvas e pela poluição.

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