... a torre de Saint Jacques com Montmartre e a igreja do Sacré-Coeur ao fundo...
... e a torre Eiffel com o domo dos Invalides.
A essa altura já nos sentíamos dominando Paris, pois como a cidade é bastante plana, os monumentos mais importantes servem como marcas conhecidas.
Entre as figuras de pedra que ficam mais afastadas da torre norte, onde estávamos, um pelicano chamava a atenção das pessoas. Ocorre que essa ave é simbolicamente associada à figura de Cristo por se considerar que ela oferece seu corpo para alimentar os filhotes. Isso porque os medievais, que certamente não tinham lunetas (elas vão ser inventadas pelos árabes), ao ver à distância o pelicano com o bico aberto permitindo que os filhotes retirassem a comida que tinha no papo, imaginavam que ele estivesse com o bico para o alto oferecendo seu peito para que os filhotes o dilacerassem no sentido de se alimentar, ou seja, sua carne era o alimento dos pequenos da mesma forma que o pão simboliza o corpo de Cristo oferecido aos fieis.
Olhando para baixo, pudemos ver a fila para entrada na Notre-Dame, agora bem maior do que quando chegamos.
Como imaginávamos que esse seria nosso próximo destino, respiramos fundo e nos preparamos para descer e enfrentar a espera.
Fomos, porém, surpreendidos ao saber que havia ainda um lance de escada que nos levaria ao alto da torre sul. Começamos a subida muito animados, acreditando que o final dos degraus estaria "logo ali", ilusão reforçada pelas janelinhas colocadas a espaços regulares e que, deixando entrar a luz externa, passavam a impressão de que o fim do caminho seria logo depois da curva seguinte.
"Logo ali"? Eram 125 degraus, praticamente um terço do total! Mas com certeza valeu a pena. Primeiro porque já estávamos lá em cima mesmo, não teria sentido desistir e descer. E em segundo lugar, porque a vista era ainda mais bonita.
Uma das coisas que ficou evidente daquela altura, foi o formato cruciforme da catedral, que não se percebe claramente do chão ou mesmo quando se está visitando o seu interior.
A "agulha" que fica na intersecção entre os braços da cruz é outra obra de Viollet-le-Duc e foi criada em substituição à que foi derrubada durante a Revolução Francesa.
Novamente impressiona a delicadeza dos detalhes em seu corpo.
Segundo o folder que é distribuído antes da subida à torre - e que tem versões em francês, inglês, alemão, espanhol, português e uma língua oriental (acho que era japonês, mas vou confirmar com a Natália) - "quatro grupos de três apóstolos, acompanhados por representações alegóricas dos evangelistas, descem de ambas as partes do arco. No seio do grupo do evangelista João, simbolizado por uma águia, São Tomás é representado com os traços de Viollet-le-Duc e volta-se para a agulha como para admirar sua criação."
Algo que nos chamou a atenção foi o conjunto de degraus "tortos" que havia ao lado das pequenas torres que completavam os dois braços menores do transepto. Considerando a altura da coisa, quem teria coragem de subir neles?
Lá de cima conseguimos visualizar os arcobotantes por outro ângulo, notando inclusive a calha que eles têm na parte de cima para a captação da água da chuva que cai da boca das gárgulas, e que termina em pequenas torres de onde saem novas gárgulas.
A parte posterior da catedral é também a porção final da Île de la Cité, onde os dois braços do Sena que formam a ilha voltam a se unir num só curso d'água.
Ao sul o domo do Panthéon domina a paisagem...
... mas a torre Eiffel, o "cartão postal" de Paris, marca sua presença.
Adoree todas as observações
ResponderExcluir!!!!
amei as fotoss!!
Muito bom ler seu blog. Posso colocá-lo como fonte de pesquisa no meu?
ResponderExcluirAinda estou criando o meu estudo sobre Paris.
Sonia,
ResponderExcluirfique à vontade para utilizar meu blog como fonte de pesquisa e seja benvinda sempre que quiser.