sábado, 19 de fevereiro de 2011

Descendo da Torre

Antes de iniciarmos a descida - e "fazendo hora" pra ver se o Ivan chegava, pois naquele momento não sabíamos que ele estava nos esperando no primeiro nível - fotografamos alguns aspectos interessantes e diferentes da cidade de Paris, como sua estrutura de quarteirões triangulares,...





















... a forma como os prédios são construídos, com um poço central de iluminação, formando quadrados que se interligam, para quem vê de cima, e ainda um estádio com um senhor campo de futebol, sendo utilizado em plena quinta-feira.


Vimos ainda construções mais modernas, como prédios de forma sinuosa, que nos fizeram lembrar da criação de Oscar Niemeyer em São Paulo, o edifício Copan,...
... e no Quai de Grenelle, rua onde ficam vários dos melhores hoteis de Paris, pudemos observar uma concentração de prédios modernos, projetados por arquitetos renomados.


Logicamente não iríamos perder a chance de documentar que nós estivemos lá!







































Descemos um lance de escadas até um mirante protegido por vidros onde ficava o acesso para o elevador que nos levaria até o primeiro nível. Em todo o contorno desse local há indicações das distâncias entre diversas cidades do mundo e a Torre Eiffel. Curioso os portugueses estarem tão pertinho da gente em termos de colocação das bandeiras...


Aliás, quando estávamos subindo desse andar para o mirante mais alto, eu encontrei um par de óculos caídos na escada. Minha primeira reação foi procurar algum funcionário para entregá-lo, mas aí lembrei dos óculos da Rejane que haviam sido esmagados pelo carro e entreguei o achado a ela para que experimentasse. E não é que os graus das lentes serviam?

Descemos de elevador até o primeiro nível e, de lá, Natália e eu pegamos o outro elevador para chegar ao solo e o Luís e a Rejane resolveram descer a pé. No caminho havia operários trabalhando na manutenção de uma das "pernas" da torre e também bonecos vestidos como se fossem trabalhadores, mas tão bem feitos que confundiam quem passava sobre quais eram os verdadeiros.

Esses eram os verdadeiros,...

... esse era um boneco.
Natália e eu chegamos primeiro ao solo e nos sentamos próximas ao caminho que ia até o metrô para esperar pelos outros. Havia inúmeros camelôs vendendo lembrancinhas da Torre Eiffel, praticamente todos eles imigrantes africanos. Da mesma forma que se faz aqui no Brasil, eles colocavam os objetos - chaveiros, miniaturas da Torre, pingentes e outros - sobre um pano com cadarços em suas laterais. De repente, da direção do Campo de Marte, aparecia um gendarme em sua bicicleta, apitando como aviso de que o "rapa" estava chegando. Os camelôs puxavam os cadarços formando um saco de pano, com as peças lá dentro, e saíam correndo para todos os lados. O gendarme circulava um pouco por ali, exibindo as pernas em bermudas azul-marinho (uniforme de verão), e voltava pelo caminho por onde tinha vindo. Era a senha para todos os camelôs voltarem e tornarem a insistir com os turistas para que comprassem alguma coisa.

Na décima-quinta vez em que disse a um deles que não estava interessada em comprar nada, ouvi como resposta: "Leva hoje e paga amanhã", em português! Comecei a rir e percebi que a presença de brasileiros em Paris é realmente enorme, já que o camelô havia percebido que eu era do Brasil ao me ouvir conversando com a Natália e ainda tinha aprendido a frase, típica de comerciantes brasileiros, para se fazer simpático.

Nisso chega o Ivan, bastante irritado, reclamando que havia nos esperado um tempão no primeiro nível. Esperou tanto que, quando percebeu que não iríamos chegar, notou também que não iria dar tempo para subir o restante dos degraus a pé e resolveu verificar se já estávamos lá embaixo.

Esclarecido o mal entendido (não sabíamos que ao chegar no primeiro nível teríamos que pegar imediatamente o elevador para o alto da Torre), nos juntamos ao Luís e à Rejane, que traziam garrafinhas de água gelada para todos, e seguimos para o metrô.

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