terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Gregos e romanos

A seção onde estávamos é denominada greco-romana porque, na verdade, pouquíssimas obras de arte gregas sobreviveram à destruição por guerras ou desastres naturais. A maior parte do que se vê hoje são cópias romanas, que seguiam exatamente o modelo original no que diz respeito a harmonia das linhas e perfeição da forma. Como foram criadas nos séculos II e I a.C., são consideradas peças originais.





O que impressiona bastante é o realismo das estátuas, não apenas no que diz respeito à exatidão na reprodução de parte do corpo ou vestimentas, mas até na impressão de movimento: dá a impressão de que as pessoas foram "congeladas" no meio da ação.










A arte da escultura, além da função decorativa, também funcionava como propaganda ou elemento de marketing pessoal, principalmente entre os romanos, que eram extremamente práticos.

Um dos exemplos mais flagrantes dessa tendência se revela numa estátua que, de longe, lembra a imagem da Virgem Maria: uma mulher serena, recatada, com trajes absolutamente respeitáveis, a cabeça coberta, segurando uma criança. Quando chegamos perto da obra, caímos na gargalhada ao descobrir que se tratava de Messalina, esposa do imperador Cláudio, e considerada uma mulher promíscua e devassa, tanto que seu nome passou a ser sinônimo de mulher "perdida".









No caso de estátuas de origem grega, eram bastante claras as características que permitiam identificar a deusa ou o deus representado.





Por exemplo, no caso de Afrodite/Vênus, havia sempre uma ênfase na sensualidade, fosse por meio da nudez que buscava ser coberta,...
















... pela postura sedutora e o corpo envolto em veus que mal dissimulavam seus contornos...






... ou mesmo por uma pose supostamente inocente, cujo atrativo estava no deslocamento de uma das pernas um pouco para frente, causando uma "quebra" na linha do quadril que destacava a sinuosidade e a graça da cintura.


Atena/Minerva, por sua vez, deusa da razão, da sabedoria, da estratégia - e da guerra - e da habilidade, surgia sempre impondo respeito e veneração.






Mesmo quando envolta em veus, sua imagem indica uma feminilidade recatada, não sedutora, em que pese o joelho dobrado suavizando as linhas do corpo.













Até quando a obra é mais expressiva, o movimento não é de quem atrai, e sim de quem cobra o respeito ou o compromisso assumido.


Nas salas seguintes havia uma grande variedade de peças, como ânforas com decoração em relevo,...

... estátuas de animais,...


... estelas funerárias com relevos, incluindo uma espécie de suporte para se colocar flores ou algo em homenagem ao morto,...
... e a clássica peça de cerâmica, fonte da maior parte das informações que temos hoje sobre a vida cotidiana dos gregos: vestimentas, armas, objetos do dia-a-dia...


Nesse caso, o vaso que vimos provava que os gregos também faziam churrasco!

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