quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Roda gigante e carrossel

Enquanto aguardávamos o retorno da Rejane e do Luís, nos lembramos de que, na noite anterior, o Ivan havia deixado um recado no celular da Carol, a amiga dele que estava morando em Paris, para que nos encontrasse para almoçarmos juntos e depois irmos todos ao Louvre - a escolha do Luís.

Aliás, sobre esses encontros, foram mais é desencontros (parodiando a Sophia Coppola), pois já havíamos desencanado de encontrar a Anne, amiga do meu filho mais novo, já que ficávamos só nas mensagens: eu deixava recado no telefone dela e ela deixava recado no hotel. Quando os astros entravam em conjunção e conseguíamos nos falar, ou tínhamos programação agendada com a agência ou ela tinha compromissos. Quanto à Carol e o Yuri, o Ivan ainda estava tentando, e havia marcado para nos encontrarmos às 2 horas da tarde. Portanto, quando Luís e Rejane voltaram com garrafinhas de água gelada, resolvemos que iríamos continuar a caminhada pelo Jardim até o local do encontro.


Diga-se de passagem que a água em Paris - e depois ficamos sabendo que praticamente na Europa inteira - por ser calcárea, é muito "pesada": ruim de beber, porque parece que não mata a sede, e deixa cabelos e pele bastante ressecados. Mesmo as que comprávamos em garrafas tinham esse problema, já que eram oriundas de fontes europeias. A Rejane, que é especialista em água pela quantidade que bebe por dia, começou, junto com a Natália, a classificar as marcas do que bebíamos pra poder indicar as mais de acordo com o nosso paladar.






Após caminharmos pela alameda, chegamos a outro local aberto onde havia mais uma série de estátuas, uma delas homenagenado Júlio César...















... e outra representando Nesso, um centauro que teve a ousadia de tentar raptar Dejanira, a esposa de Hércules. Claro que o infeliz não chegou sequer a concluir seu intento.


O local do encontro com a Carol, conforme o recado que o Ivan havia deixado no celular da moça, era o Arco do Carrossel: uma imitação do arco do imperador romano Septímio Severo, construído em 1806, sob as ordens de Napoleão Bonaparte, para funcionar como entrada oficial do Palácio das Tulherias, em substituição à antiga porta.  


O nome Carrousel dado à praça em frente ao Louvre, onde se chegava atravessando o Arco, recebeu esse nome por ser o local onde costumeiramente se realizava um tipo de espetáculo musical equestre no qual os cavaleiros executavam manobras e figuras (poses) com fundo musical.

Só que antes mesmo de chegarmos ao local onde estavam as estátuas neoclássicas que apreciamos, havia algo quer fez três pares de olhos femininos (e, quem sabe, um pouco infantis) brilharem:...


... uma roda gigante gigante mesmo! Natália, Rejane e eu não iríamos deixar passar essa oportunidade, e como os rapazes não faziam questão de usufruir da vista lá de cima, decidiram ir até o Arco para aguardar a chegada da Carol enquanto nós nos divertíamos.





Em função da altura, as cabines eram completamente fechadas, o que não impediu que apreciássemos a paisagem.










Enquanto a nossa cabine subia, pudemos apreciar a Torre Eiffel...


... a igreja do Sacré-Coeur no alto de Montmartre...


... e ter uma vista geral do Jardim das Tulherias, começando pelo caminho que já havíamos percorrido...


... e descortinando por onde ainda iríamos passar.

A escada que dá acesso à parte do Jardim onde fica o Arco indica o local onde ficava parte do Palácio das Tulherias, próximo ao Louvre.


Por falar em Louvre... lá estava ele, nos esperando! Seguimos para o Arco, abençoando a sombra que ele fazia, para nos encontrarmos com os rapazes e saber se a Carol já havia chegado.


6 comentários:

  1. Interessante lembrar que o Arco do Carrossel faz parte daquele "Alinhamento de Arcos", o qual visualmente pudemos constatar que ocorria, lá do alto do próprio Arco do Triunfo, quando avistamos, inclusive, o gigantesco "Arche de La Défense".

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  2. Iara,

    Sugiro, enfaticamente, entre aspas, a seguinte correção em seu texto:

    [...] e outra representando Nesso, um "centauro descendente de lêmingues noruegueses suicidas, ou seja, um cara, ops!, um 'cavalão', quero dizer, uma criatura totalmente sem noção, que teve a 'ousadia' (para não falar 'burrice' mesmo!)" de tentar raptar Dejanira, a esposa de Hércules. Claro que o infeliz não chegou sequer a concluir seu intento.

    A burrice entre os centauros é, comprovadamente, algo muuuuuuuito raro, aliás, aconteceu somente com essa besta aí.

    Abraços esclarecedores,

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  3. Rejane e Natália,

    Vocês se lembram e poderiam "socializar" com os leitores do blog as marcas "bebíveis" daquelas "maravilhosas-salve!-salve!" garrafinhas de água que tanto nos aliviaram naquele "calor senegalês em Paris", em determinadas horas do dia?

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  4. Pessoal, vejam que interessante.

    Segundo o Guia Visual de Bolso da FSP - Paris (p.89), "La Grande Arche, em La Défense, é um enorme cubo oco com o centro grande o bastante para conter Notre-Dame".

    Carambola!

    A Catedral de Notre-Dame é, simplesmente, enorme!

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  5. Concordo com o Luís: a marca da água seria uma dica preciosa.

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  6. Eu não consigo lembrar quais eram as boas marcas de água mas a da nestlé era uma das "bebíveis".

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