sábado, 19 de fevereiro de 2011

Na Torre Eiffel

Dia 8 de julho, quinta-feira, acordamos no horário habitual para enfrentar as filas da Torre Eiffel. Pelo que nos haviam contado, elas eram imensas, coisa de 1 hora e meia à 2 horas de espera, tanto que já havíamos combinado de antemão que, de acordo com o tamanho da encrenca, decidiríamos o que fazer. Rejane e Natália faziam questão de fazer a visita, mesmo que demorasse; Ivan e eu não gostaríamos de perder tanto tempo apenas aguardando no mesmo lugar, e o Luís ainda não havia decidido.

Chegamos no local por volta das 9 da manhã, como sempre, e constatamos, satisfeitíssimos, que a fila era bem pequena, no máximo meia hora de espera. Excelente o fato da maioria dos turistas sair de seus hoteis por volta desse horário!


Ainda na fila para comprarmos os ingressos do elevador, o Ivan resolveu que iria subir a pé. Normalmente sou uma mãe desnaturada, que aparentemente não está nem aí para o que os filhos fazem, mas nessa hora me deu um chilique: como assim, subir 1665 degraus a pé? E se o corpo desse uma descompensada no meio do caminho, sem ninguém pra acudir?

A resposta do Ivan foi que a torre, para ele, não representava o mínimo atrativo, a única coisa que poderia valer a pena seria essa "aventura".
Encerramos a discussão com o seguinte acordo: ele subiria a pé os trezentos e tantos degraus até o primeiro nível e de lá pegaria o elevador para chegar ao mirante mais alto.

Enquanto ele se dirigia à escada, aproveitamos a espera na fila para fotografarmos detalhes da estrutura da torre, toda em treliças metálicas, idealizada pelo engenheiro Gustave Eiffel, também responsável pela armação da Estátua da Liberdade. 
Chegou nossa vez e entramos no elevador que leva ao primeiro nível. Só que aí começou o desencontro com o Ivan: quem compra o ingresso para ir até o alto da torre utiliza essa primeira parada apenas para sair de um elevador e dirigir-se até o outro, panorâmico, de onde é possível observar a paisagem de Paris através da estrutura da torre.


Isso significa que não pudemos circular por esse mirante mais baixo e, consequentemente, não tivemos como nos encontrar com o Ivan, que ficou esperando por nós durante horas e acabou não visitando o alto da torre.

Observar a cidade do alto da Torre foi simplesmente incrível, pois ela é a segunda construção mais alta da França, com 324m de altura, perdendo apenas para o Viaduto de Milau, construído em 2004.

Lá de cima podíamos ver toda a extensão do Campo de Marte, uma das maiores áreas verdes de Paris, que servia originalmente como campo de treinamento para as tropas francesas, e que vai da base da Torre até a Escola Militar.
Caminhando pelo mirante, tivemos também uma vista magnífica de Les Ivalides, com a cúpula dourada do edifício que abriga o túmulo de Napoleão Bonaparte, nossa próxima parada.

Continuando a contornar o mirante, vimos o Sena com o Grand Palais à esquerda e a ponte Alexandre III, com seus cavalos dourados,...


... e mais adiante, os edifícios administrativos relativos aos assuntos estrangeiros, de um lado do rio, e o Jardim das Tulherias com a roda gigante e o Museu do Louvre bem ao fundo, do outro lado.

 
Ainda fazendo a volta pelo mirante, tivemos uma vista incrível do Arco do Triunfo e a percepção, não tão incrível, da poluição que também afeta a cidade de Paris.


Do lado oposto ao Campo de Marte, bem próxima à base da Torre Eiffel, fica a ponte de Iena (cidade alemã que deu nome a uma das batalhas entre Napoleão Bonaparte e as tropas prussianas comandadas por Frederico Guilherme III. Claro que os franceses venceram, senão não teriam dado esse nome a uma das pontes de Paris), que leva aos Jardins do Trocadero e ao Palais de Chaillot.


O Palais abriga vários museus e, ao fundo da imagem, é visível o Bois de Boulogne, o maior parque de Paris, que conta com trilhas, áreas para prática de remo e caça ao pombo, cafés e restaurantes - mas que não visitamos por conta da distância e da escassa única semana que tivemos pra fazer muita coisa.

Observando o rio Sena no sentido oposto ao visto anteriormente, avistamos a Alée des Cygnes (Aleia dos Cisnes), uma ilha artificial com cerca de 800m que tem, em uma de suas extremidades, uma réplica exata, embora bem menor, da Estátua da Liberdade.


A estátua foi doada por americanos que viviam em Paris, unindo datas importantes para ambos os povos: 4 de julho - data da independência dos Estados Unidos - de 1889 - comemoração do centenário da Revolução Francesa.
Na margem direita do rio, para quem olha de cima da Torre, pudemos ver um edifício ultra moderno: é a Maison de la Radio, sede da rádio e emissora de televisão pública da França.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário