Niké

Enquanto a Natália tirava as fotografias dos aposentos de Napoleão III, demos início ao nosso caminho entre peças de arte greco-romana.

Por mais que a gente saiba que as obras de arte gregas seguiam o princípio do belo ideal, buscando a perfeição das formas, o equilíbrio e a harmonia, ver tudo isso aplicado numa peça é realmente impressionante.

Havia uma estátua feminina cujas formas sinuosas, aliadas ao movimento do tecido, tornavam o conjunto tão sensual que era impossível não perceber que se tratava de Afrodite/Vênus, a deusa da beleza e do amor, mesmo a estátua estando sem cabeça.










É tão extraordinária a impressão de vida transmitida por essas obras, que a Rejane até foi trocar uma ideia com uma cabeça que estava por lá, pra ver se conseguia saber como os escultores gregos conseguiam tal perfeição.

Como se fosse pouco, seguimos para a sala onde estava a Mona Lisa, para nos encontrar com a Natália, e demos de cara com uma das obras escultóricas mais maravilhosas que se possa imaginar: a Vitória de Samotrácia, ou Niké.

Ficamos os cinco ali, com cara de besta, emocionados. O Ivan, então, só faltou se prostrar em reverência.













Passado o impacto, fomos encontrar a Natália. A sala onde fica a Mona Lisa está constantemente lotada, portanto fica difícil apreciá-la com calma. Fora que com tanta gente se amontoando pra pegar o melhor ângulo, nossas fotos não ficaram muito boas; além disso, todo mundo já cansou de ver essa senhora de tudo quanto e jeito e em tudo quanto é lugar, portanto, nesse blog, ela não vai aparecer!

Antes de voltarmos à nossa Antiguidade Clássica, fomos a uma das salas que a Natália tinha visitado e gostado muito. De estilo neoclássico, logo fomos atraídos para os detalhes do teto.

Da mesma forma que em Versalhes, as imagens faziam referência à Antiguidade Clássica, com figuras mitológicas e alegorias. A diferença, porém, está no despojamento das obras gregas, que são belas pela harmonia das formas, enquanto que as peças neoclássicas investem no efeito decorativo.

 






















Aliás, efeito decorativo era o que não faltava na coroa da imperatriz Eugênia, esposa de Napoleão III.

Encontramos até uma banheira ultra decorada, que despertou no Luís saudade da banheira de seu quarto no hotel.

E as referências clássicas estavam sempre presentes, como uma cabeça de Medusa numa espécie de medalhão todo decorado em ouro.

De volta à seção greco-romana, nos deparamos com um mosaico com a figura de um carneiro.

Apesar dos mosaicos serem considerados característicos da arte bizantina por excelência, não é estranho que haja muitos mosaicos em edificações romanas: basta lembrar que o Império Bizantino, na sua origem, foi o Império Romano do Oriente. Isso significa que uma manifestação artística que teve certo destaque em Roma, praticamente desapareceu quando os germânicos invadiram o Império do Ocidente, porém foi preservada e aperfeiçoada no Oriente, onde os costumes e técnicas romanas perduraram por muito mais tempo.