domingo, 6 de fevereiro de 2011

Mesopotâmia e o Louvre da Natália

Continuando pela seção dedicada aos povos da Antiguidade, chegamos ao local onde ficavam peças da Mesopotâmia e ficamos encantados com uma seção da muralha que cercava a cidade da Babilônia, construída provavelmente no século VI a.C., com sua decoração em azulejos esmaltados e figuras de leões.


Havia também trechos de outros muros com relevos de grifos...


... e de arqueiros. É curioso observar que os azulejos esmaltados que formam essa imagem do guerreiro, resultado de técnicas desenvolvidas pelos babilônios, devem ter sido absorvidos pelos persas, quando conquistaram a região, e depois aprendidos pelos árabes, quando se expandiram após a unificação por meio da religião islâmica. São os mesmos muçulmanos que vão aplicar a técnica na Península Ibérica, durante os quinhentos anos em que lá permanecem, e dar origem às peças que chamamos hoje (pretensiosamente) de "azulejo português"...
Num espaço amplo, uma espécie de pátio, havia algumas peças monumentais, como um touro alado assírio.


Feitos em granito, esses touros com cabeças de homens tinham também asas, que significavam proteção, por isso eram geralmente colocados na entrada dos palácios.

Outra peça que me surpreendeu bastante foi o baixo relevo mostrando Gilgamesh, o heroi da mitologia mesopotâmia, aceito por praticamente todos os povos que ocuparam a região: sumérios, babilônios, assírios e caldeus.


Apesar da imagem ser minha velha conhecida - utilizei-a inúmeras vezes, tanto em aulas de História da Arte como nas de História, explicando que o fato do heroi estar subjugando um leão, símbolo da força, representa sua coragem -, imaginava que fosse muito, mas muito menor do que realmente é. Tanto que pedi ao Luís que posasse ao lado do relevo para servir de padrão de medida.










Percebemos, então, que já era quase hora de nosso encontro no saguão do museu e para lá nos dirigimos. Ninguém queria ir embora, obviamente, ainda havia muito que ver, mas decidimos dar uma chegada na praça de alimentação do Carrousel do Louvre para nos "hidratar", trocar ideias sobre o que já havíamos visto e descansar um pouco as pernas.

Após a parada, a Natália pediu para utilizar um pouco a própria câmera para fotografar o que a havia entusiasmado: os aposentos e objetos de Napoleão Bonaparte (seu ídolo) e Napoleão III. Como ainda havia objetos que eu gostaria de registrar, combinamos de nos encontrar, para eu pegar a máquina de volta, na sala da Mona Lisa. E foi assim que essa senhora acabou por fazer parte de meu roteiro no Louvre.

A seguir estão postadas algumas das fotos que a Natália tirou, mas que não vou comentar porque não sei dos detalhes e não vou ficar inventando bobagem. Se ela quiser esclarecer nos comentários, seja bem vinda!






























































































Um comentário:

  1. A última foto, me vi sentada penteando os cabelos... Que isso?!?! Linnnnnnndo...

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