Era quase meio-dia, mas queríamos visitar o local antes de almoçar, então a solução foi fazer um lanche rápido. A escolha recaiu sobre crépes, que são encontrados com facilidade em vários locais da cidade. Não se trata dos crepes no palito que aqui no Brasil são tão comuns, mas dos verdadeiros, aqueles cuja massa, fininha, é colocada numa chapa redonda, para ser espalhada e receber bastante recheio e temperos.
Estômago satisfeito, fomos enfrentar o sol para chegar até o "Palácio dos Inválidos", que seria a tradução mais próxima do termo francês hôtel, que pode significar desde asilo até palácio. Esse que visitamos é uma mistura dos dois: trata-se de uma construção monumental, iniciada em 1670 por ordem de Luís XIV, para abrigar os inválidos do exército francês.
Atualmente continua recebendo inválidos, mas grande parte de seus pátios e salas foram transformados em museus ligados às atividades militares. A entrada do complexo arquitetônico deixa muito clara sua ligação com a guerra, pois há um grande fosso - hoje sem água, apenas gramado - e um conjunto de canhões contornando o jardim anterior à entrada do prédio propriamente dito.
Quem estava radiante, apesar do calor incômodo, era a Natália, pois visitar o túmulo de Napoleão, na capela de cúpula dourada, havia sido a sua escolha para o que ver em Paris.
Seguimos pelo jardim, absolutamente clássico, com as árvores todas podadas num mesmo formato e colocadas em alinhamento perfeito.

No ponto mais alto, como não poderia deixar de ser, um relevo de Luís XIV, o "Rei Sol", ladeado pela Justiça e pela Prudência. Ele tem o sol sobre sua cabeça e inúmeros conjuntos de escudos e armas decorando o arco que envolve o grupo. No texto em latim, algo como "Luís, o grande, manteve os soldados, com seu tesouro real, para todo o sempre."

Sobre a porta de entrada propriamente dita, uma alegoria entalhada em madeira representando, muito provavelmente, a guerra e a paz, havendo a preponderância da primeira, já que se trata de um edifício voltado aos militares.
Olhando para a direção por onde entramos, avistávamos a ponte Alexandre III com seus cavalos dourados e as cúpulas do Grand Palais do lado esquerdo.
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