quarta-feira, 21 de julho de 2010

Arco do Triunfo

De volta ao hotel depois da bem vinda cerveja gelada, todos ao banho. Liguei pra Anne, pra ver se rolava o passeio com ela, mas não consegui fazer contato. Deixei recado no celular (depois descobri que ela só "pega" quando é SMS, o que era impossível fazer do telefone do hotel) e resolvemos ver a possibilidade de uma saída por nossa conta. A ideia era algo que não fechasse cedo, porque já eram mais de sete horas e ainda teríamos que jantar, e que também não exigisse uma visitação muito longa. Verificamos nosso roteiro e achamos o local ideal: Arco do Triunfo.

Fomos a pé até o Chez Tony, um restaurantezinho bem simples, italiano e com pratos fartos. De lá, metrô até estação Charles de Gaulle-Étoile.

Os vagões do metrô de Paris, em qualquer linha, são mais estreitos que os nossos. Cabe apenas uma pessoa entre os bancos, não várias como fazemos em São Paulo. Além disso, os bancos fixos são voltados um de frente pro outro, ou seja, caso eu me sente em frente a alguém de pernas compridas como as minhas, tenho que "negociar" o espaço, senão os joelhos trombam. Há também uns bancos dobráveis, nos quais estamos sentados na imagem abaixo. Eles têm molas e ficam fechados, encostados na parte de trás dos bancos fixos, onde as pessoas ficam de pé quando o metrô está cheio. Quando ele fica mais vazio, o banco pode ser abaixado e ocupado.

Outra coisa que chama atenção no metrô é o porte das mulheres negras. Elas fazem questão de se vestir com roupas étnicas: tecidos coloridos, com estampas claramente identificáveis como africanas. Os cabelos também são arrumados de modo a demonstrar o orgulho da própria raça, nada de ficar alisando e fazendo chapinha como aqui no Brasil, que parece que cabelo crespo é defeito.

O Luís amou o poste central que fica em frente às portas do metrô, pois ele é triplo e abre mais possibilidades para a "pole dance". Infelizmente ele não quis demonstrá-las a nós...


O Arco do Triunfo fica no centro da Place l'Étoile (estrela), que tem esse nome por ser circular e dela partirem 12 avenidas nas várias direções. A rotatória em torno da praça é assassina, os carros passam à toda e, pra variar, mão na buzina. Pra se chegar até o arco há uma passagem subterrânea, mas ficamos sabendo de brasileiros que tentaram atravessar "na raça" e quase se deram mal.

Antes de começarmos a observar os detalhes do arco, fomos comprar os ingressos para ir até o topo, já verificando o horário em que fechava, uma vez que já eram quase nove da noite. Estávamos todos animados, sem nos preocupar com o fato de serem 284 degraus até lá em cima.




Idealizado para receber soldados - e seu comandante, Napoleão - após uma guerra vitoriosa, o arco tem uma série de relevos internos e medalhões na parte arcada interna.



Externamente há quatro grupos em relevo, cada um num dos pilares de sustentação do arco. Um deles é "A partida dos voluntários", também conhecido como "A Marselhesa", em que a liberdade (ou a mãe-pátria, há várias interpretações), representada por uma figura feminina, comanda e incentiva a partida dos guerreiros.









Outro relevo representa o Triunfo de Napoleão, conseguido com a assinatura do Tratado de Viena, em 1810, que marcou o reconhecimento das conquistas do exército francês na maior parte da Europa. Nesse alto-relevo o imperador é coroado pela Vitória e reverenciado pela antiga monarquia dos luíses.


Os dois outros grupos, situados na fachada oeste, representam a submissão do povo ao Estado e sua crença na vitória das forças armadas.













Nas duas fachadas há baixos-relevos de batalhas e no friso, acima desses baixos relevos, representação da partida (fachada leste) e do retorno (fachada oeste) das tropas imperiais para as/das diversas regiões da Europa.


Apesar de todo o seu desejo, Napoleão nunca passou com suas tropas sob o arco, porque morreu antes. E atualmente, nem nós podemos passar, porque no meio dele fica o monumento ao soldado desconhecido, que homenageia os mortos da 1ª Grande Guerra.



2 comentários:

  1. Esse trânsito louco com buzinas parece o da Índia :P há!!

    Beijos!!

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  2. Lá em Roma tb tem passagem subterrânea, pq embora os italianos sejam meiguinhos, calminhos, eles tb tem seus acessos de fúria! kkkkk

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