A parte que teve a abóbada restaurada e que está mais conservada é o Frigidarium, cujo pé direito chega à 14,70m.
As paredes originais foram construídas com pedras de cores diferentes agrupadas em faixas, dando um efeito decorativo. E nesse espaço também podemos ver um mosaico que se manteve intacto.
Encontramos também uma banheira da época, quem se entusiasmou todo com ela foi o Luís, lembrando de suas aventuras na banheira do hotel.
Subimos as escadas de volta à entrada, crentes que a visita havia terminado. Ledo engano: havia ainda todo o andar de cima com peças maravilhosas referentes ao período medieval: mobiliário, pinturas, tapeçarias, armas, e uma capela com um teto de arcos entrelaçados em madeira que dava até tontura de olhar.
As peças de ourivesaria são impressionantes nos detalhes, como no caso de um ostensório (custódia onde se guarda a hóstia consagrada que será utilizada nas missas católicas) que imita um castelo.
Há também vitrais originais de Cluny e azulejos dos séculos XIV e XV.
Na maior parte das salas as vitrines com os objetos ficavam à meia luz, o que impossibilitava fotografias, já que não era permitido utilizar flash. Mas as peças mais importantes nesse andar superior eram as tapeçarias. Elas não retratavam simplesmente uma cena campestre ou flores e animais, eram verdadeiras "histórias em quadrinhos", só que ao invés dos textos ficarem em balõezinhos, ficavam em faixas estendidas sobre a cena.
Porém, o conjunto de tapeçarias mais famoso do museu, o da dama com o unicórnio, não tem como ser fotografado. São seis peças tecidas no século XV que ficam na penumbra em uma sala semicircular; cinco delas ficam na parede circular, em sequência, e a sexta na parede reta. Todas elas têm o fundo vermelho e uma série de animaizinhos e plantas espalhados, sem perspectiva para dar profundidade de campo, mas com um detalhamento bastante cuidadoso: é possível identificar limoeiros, romãzeiras, macieiras e outras árvores, bem como coelhos, garças, raposas e até macacos. Na parte central de cada peça encontra-se uma dama (percebe-se que não é uma camponesa pelos trajes, joias e pelo porte da donzela), um leão e um unicórnio, um deles sempre segurando um estandarte de fundo vermelho com uma faixa diagonal azul onde se alinham três luas crescentes.
As cinco peças em sequência representam os cinco sentidos, de acordo com a ação que a dama exerce em cada uma: tecer uma grinalda de flores (olfato), tocar um instrumento musical (audição), servir-se de um doce (paladar), segurar um espelho (visão) e tocar o chifre do unicórnio (tato). A sexta tapeçaria é um pouco mais larga que as outras e mostra a dama em frente a uma tenda onde há uma faixa com o texto "Ao meu único desejo". Ao seu lado há uma criada com um baú aberto, onde a dama está colocando o colar que tinha no pescoço; o leão e o unicórnico continuam presentes, cada um de um lado, segurando o estandarte da família.
São várias as interpretações para essa última peça: uma delas defende que o abandono da joia significaria a renúncia às paixões suscitadas pelos sentidos e a vitória da vontade. Outra afirma que a cena representaria o sexto sentido, que seria o entendimento. E uma terceira segue a linha da anterior, mas identificando esse sexto sentido como o amor.
Ao sairmos dessa sala, fomos para os jardins do museu decidir sobre nosso almoço, se iríamos parar num restaurante ou comprar sanduíches em baguettes ou pão e queijo pra comer em algum parque. Isso porque já eram mais de duas horas da tarde e a fome estava brava!
Ao sairmos dessa sala, fomos para os jardins do museu decidir sobre nosso almoço, se iríamos parar num restaurante ou comprar sanduíches em baguettes ou pão e queijo pra comer em algum parque. Isso porque já eram mais de duas horas da tarde e a fome estava brava!
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