sexta-feira, 16 de julho de 2010

Rumo à Versalhes






Domingo, 3 de julho, um lindo céu azul. Antes das 8 da manhã já estavam todos tomando café.



Ao contrário do que se costuma divulgar, que sentiríamos falta de frutas frescas e que o desjejum europeu é "fraco" comparado ao que se vê em hoteis brasileiros, não pudemos reclamar do que foi servido. Não sei se houve alteração no café da manhã europeu ou se a coisa mudou em hoteis que têm parceria com empresas que trazem turistas do Brasil, mas o fato é que tínhamos à disposição salada de frutas (frescas e não em calda), granola, sucrilhos, iogurte (natural e de frutas, inclusive um de cereja, que não se vende por aqui, que era maravilhoso!), leite quente e frio, café, chá, chocolate, suco de laranja, pão de fôrma (com a torradeira para quem quisesse utilizar), baguete, croissant salgado e doce, ovos mexidos com bacon, dois ou três tipos de queijo (dependendo do dia), presunto, manteiga, mel e dois tipos de geleia. Ou seja, fizemos o que todo viajante sabe que deve fazer: tomar um café da manhã reforçado pra aguentar a "puxada" do dia e não precisar gastar demais em duas refeições fortes.

Às 8h30min, horário marcado pelo guia pra chegada do ônibus, nós e os outros hóspedes que haviam pago o pacote da CVC ainda em São Paulo já estávamos aguardando no saguão do hotel. Pena que nem todo mundo é tão pontual: o atraso foi de 20 minutos no hotel anterior ao nosso, e não foi maior porque o guia acabou deixando um casal que demorou demais. Passamos ainda para pegar mais pessoas e novo atraso, agora de uns 10 minutos, de três jovens que não haviam acabado de se arrumar.

Versalhes é um município no subúrbio de Paris, e apesar do Palácio ser o ponto mais importante do local, a cidade em torno é bastante movimentada e moderna.

Nosso guia, o Juan (cubano, na França, falando português... deu pra imaginar?), passou algumas informações básicas sobre Versalhes, que eu complementei por minha conta: o palácio começou a ser construído no início do século dezessete, no local onde havia originalmente o pavilhão de caça de Luís XIII, mas quem fez dele o luxo que é foi Luís XIV, o Rei-Sol.












Quando o "Luisinho" (Luís XIV, no dizer do Juan) tinha uns nove anos, estourou uma revolta conhecida como Fronde em que os nobres se voltaram contra o rei e seu primeiro-ministro, o cardeal Mazzarino. A família real passou por privações e humilhações e daí surgiu a ideia de construir um palácio mais afastado, onde não fosse tão fácil o acesso da população, nobre ou não. (Qualquer semelhança com a transferência da sede do governo federal brasileiro do Rio de Janeiro pra Brasília ou do palácio do governo do estado de São Paulo dos Campos Elíseos para o Morumbi NÃO é mera coincidência...)

Luís XIV era "o" cara: seu pai, o Luís XIII, nunca teve pleno controle do Estado, porque quem mandava mesmo era a Igreja Católica, primeiramente por meio do cardeal de Richelieu (e quem nunca leu a obra Os três mosqueteiros, de Alexandre Dumas, não sabe o que está perdendo. A rixa entre os mosqueteiros do rei e os soldados do cardeal estão presentes o tempo todo na trama) e depois com o controle do cardeal Mazzarino.






Quando o pai morreu, o "Luisinho" tinha apenas 5 anos e Mazzarino assumiu o papel de seu tutor além do de primeiro-ministro, que já possuía. Porém, com a morte do cardeal, Luís XIV deixou claro pra quem quisesse saber que ele mesmo seria seu próprio primeiro-ministro, ou seja, não ia ter pra ninguém!










Nosso ônibus parou numa das laterais do complexo de Versalhes, de onde pudemos ver o exterior da capela real.







O pátio em frente ao palácio é imenso, assim como era imensa a fila pra entrada, mas ela fluia com rapidez. Maior era a fila de quem ainda tinha que comprar ingresso, o que não era nosso caso, pois o passeio foi "comprado" ainda em São Paulo e o pessoal da CVC providenciou os bilhetes para o grupo.

Aliás, essa é outra dica importante: nem sempre o Museum Pass é útil, depende muito de quantos dias a pessoa vai passar na cidade e quantos locais aceitam esse ingresso (não são apenas museus, algumas igrejas e outros locais turísticos estão incluídos), mas comprar o bilhete com antecedência é sempre melhor. Em praticamente todos os locais há duas filas, uma pra quem já tem o ingresso e outra pra quem ainda vai comprá-lo e a primeira é sempre menor e mais rápida.

Um comentário:

  1. Quem teve essa idéia "desagradável" de viajar para a Europa com uma professora de História???!! Absurdo!! Horrível!! :P

    Beijos!!!

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